Apesar das especulações e das incertezas momentâneas relacionadas à salvaguarda de importação chinesa, os preços no mercado pecuário se mantiveram estáveis nesta quarta-feira (19/11). Das 33 regiões monitoradas pela Scot Consultoria, 30 não tiveram alterações nas cotações em relação ao dia anterior. Apenas em Belo Horizonte (MG) e Paragominas (PA) foram registradas quedas de valores, enquanto no oeste do Rio Grande do Sul houve altas.
Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado, o boi gordo seguiu cotado a R$ 320 a arroba para o pagamento a prazo. De acordo com a Scot, no Estado de São Paulo, os frigoríficos seguiram com as compras, mesmo com a oferta contida. A escala de abate permaneceu, em média, em oito dias, com boiadas provenientes principalmente de confinamentos.
A consultoria Agrifatto destaca que, mesmo com a chegada da segunda quinzena do mês, tradicionalmente mais fraca, a demanda está se mantendo em ritmo normal. No atacado, as distribuições reagiram entre no início da semana, antecipando as negociações por causa do feriado desta quinta-feira (19/11), Dia da Consciência Negra. Com a demanda um pouco acima do esperado, o varejo aumentou os pedidos de reposição.
A Scot Consultoria também destaca que o preço do sebo bovino caiu nesta semana. No Brasil Central, o coproduto foi cotado a R$ 5,95 o quilo, queda de 1,7% na comparação semanal. Já no Rio Grande do Sul, o valor ficou em R$ 6,15 o quilo, recuo de 2,4% em igual período.
Segundo a analista Isabela Stevanatto, da Scot, os principais fatores que pressionaram o mercado foram o preço do óleo de soja mais acessível - o produto é a principal matéria-prima e concorrente na produção do biodiesel -, a boa oferta de sebo no país e a menor exportação, devido aos efeitos do tarifaço norte-americano (os EUA são o maior comprador brasileiro).
Para a segunda quinzena de novembro, a expectativa é de continuidade na queda dos preços, em função da expectativa de oferta ainda confortável de coproduto. Por outro lado, a demanda mais aquecida pelo setor de biodiesel no mercado doméstico, com novembro como o mês historicamente de maior demanda de sebo na produção de biodiesel, pode limitar o viés de baixa.
Fonte. https://globorural.globo.com/pecuaria/boi/noticia/2025/11/preco-do-boi-gordo-fica-estavel-na-vespera-do-feriado.ghtml
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