Preço do boi gordo começa outubro com estabilidade na maior parte do Brasil
Cenário ainda é de uma boa quantidade de boiadas para os frigoríficos, permitindo que as escalas de abate ocorram de forma tranquila
O mercado pecuário começou outubro no mesmo ritmo de setembro, que foi atípico. Em geral, era um mês de oferta apertada de animais para abate e preços em alta, destaca o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No entanto, o cenário ainda é de uma boa quantidade de boiadas para os frigoríficos, permitindo que as escalas de abate ocorram de forma tranquila, o que pressiona as cotações.
Nesta quarta-feira (1/10), a estabilidade foi predominante na maioria das regiões pecuárias. Das 33 praças monitoradas pela Scot Consultoria, 30 não tiveram mudanças para o preço do boi gordo. Apenas três registraram altas: Santa Catarina, Alagoas e Rio de Janeiro. Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), praças de referência para o mercado, a cotação permaneceu em R$ 302 a arroba para o pagamento a prazo.
Dados do Cepea e da DSM-Tortuga, mostram que, em setembro, a taxa de lotação dos confinamentos esteve 16,5% superior à do mesmo período do ano passado. Os confinadores reforçaram os lotes e também as vendas a termo. Com isso, o volume a ser negociado no balcão tem sido baixo em praticamente todas as regiões. As escalas se alongaram e as cotações têm sido pressionadas.
Ao longo de setembro, segundo o Cepea, a maior desvalorização foi observada em Cuiabá, no Mato Grosso, Estado que concentra o maior rebanho tanto de pasto quanto confinado. Nessa capital, o preço do boi gordo baixou 4,5% ao longo de setembro, com média à vista de R$ 286,71 a arroba no dia 30. O indicador Cepea/Esalq, média de São Paulo, recuou 2,1%, encerrando o mês a R$ 304,10 a arroba.
Do lado da demanda por carne, as exportações em setembro seguiram robustas, com média diária de 14,7 mil toneladas nos primeiros 20 dias úteis do mês e aumento (nos dados parciais) de 23% frente ao mesmo mês de 2024, segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Já o consumo doméstico não teve fôlego para absorver todo o volume que era ofertado pelos frigoríficos, destaca o Cepea. A carcaça casada bovina no atacado da Grande São Paulo registrou queda de 2,5% no acumulado de setembro, fechando o mês a R$ 20,91 o quilo à vista.
O corte dianteiro, opção mais em conta da carne bovina, desvalorizou ainda mais, 4,2% no acumulado mensal, cotado a R$ 18,35 o quilo no dia 30.
Fonte. https://globorural.globo.com/pecuaria/boi/noticia/2025/10/preco-do-boi-gordo-comeca-outubro-com-estabilidade-na-maior-parte-do-brasil.ghtml
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