União e governo do Rio preparam integração de inteligências e ações
Governantes anunciaram escritório para combate ao crime organizado e aumento de efetivo da PF e PRF
Os governos federal e do estado do Rio de Janeiro anunciaram a criação de um escritório emergencial conjunto de combate ao crime organizado. O escritório será comandado pelo secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, e pelo secretário nacional da mesma pasta, Mário Sarrubbo.
O governador Cláudio Castro declarou que a ideia, a partir de agora, é que ações de combate ao crime organizado no estado aconteçam de forma integrada com o governo federal. “Tudo aquilo que vier no intuito de ajudar a segurança pública do Rio de Janeiro, de somar conosco, será bem-vindo."
"O Rio sozinho tem condição de vencer batalhas, mas não tem condição de vencer a guerra. A guerra somente juntos conseguiremos vencer”, afirmou Castro.
O Ministério da Justiça confirmou o aumento de efetivo da PF (Polícia Federal) e PRF (Polícia Rodoviária Federal) no entorno da cidade do Rio, além de novas atividades de inteligência para descapitalizar o crime. Em outra frente, vagas em presídios de segurança máxima foram disponibilizadas para possíveis transferências.
A pasta também deixou em aberto a possibilidade de envio de mais soldados da Força Nacional para o Rio, mas a solicitação para a medida precisa ser feita pelo governo do estado.
“Vivemos num federalismo cooperativo, desde o advento da Constituição de 1988. Nós todos temos que cooperar na nossa federação, esquecendo eventuais discordâncias político-partidárias”, disse Lewandowski durante entrevista coletiva.
O ministro também classificou o escritório conjunto como um “embrião da PEC da Segurança”. O projeto já foi alvo de críticas de Castro e está parado no Congresso. A medida cria o SUSP (Sistema Único de Segurança Pública) e amplia atribuições da Polícia Federal.
Tanto o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, quanto Cláudio Castro amenizaram o tom do discurso e falaram em uma “união de forças”. Antes do encontro, o governador do Rio tinha classificado a ação como um “sucesso”, além de acusar o Planalto de tentar politizar a situação.
Já o governo federal criticou a megaoperação, dizendo que foi "extremamente violenta".
Fonte. https://www.cnnbrasil.com.br/politica/uniao-e-governo-do-rio-preparam-integracao-de-inteligencias-e-acoes/
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