O presidente Lula (PT) reforçou, na abertura da segunda reunião ministerial do ano, críticas ao presidente norte-americano, Donald Trump, e à família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O que aconteceu
- Em primeiro encontro após o tarifaço dos EUA, Lula quis reforçar aos ministros o discurso de soberania. "Estamos dispostos a sentar na mesa em igualdade de condições. O que não estamos dispostos é sermos tratados como se fôssemos subalternos. Isso, nós não aceitamos de ninguém", afirmou o presidente, que fez todos os ministros usarem o boné "O Brasil é dos brasileiros".
- Ele voltou a criticar Trump como um "imperador do mundo". "Se a gente gostasse de imperador, a gente não tinha acabado o império. Se a gente gostasse de imperador, o Brasil ainda seria monarquia", ironizou — o comentário arrancou risos dos ministros.
- O presidente também voltou a chamar a família Bolsonaro de "traidores da pátria". "Não existe nada que possa ser mais grave do que uma família inteira ter um filho —um cidadão que já deveria ter sido expulso da Câmara dos Deputados— insuflando, com mentiras e com hipocrisia, outro Estado contra o Estado Nacional do Brasil."
- Ele fez referência a Eduardo Bolsonaro (PL-SP), considerado um dos responsáveis pela articulação do tarifaço junto ao governo Trump. Morando nos Estados Unidos, o deputado tem lutado contra o julgamento do pai no STF (Supremo Tribunal Federal) e usado as sanções norte-americanas para fazer pressão por anistia aos réus da trama golpista.
- A reunião começou às 10, no Palácio do Planalto, e durou cerca de 3h. Todos os 38 ministros compareceram.
Fonte: Lucas Borges Teixeira - Do UOL, em Brasília
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