Prefeitura proíbe lavar calçadas e encher piscinas por 180 dias devido à falta de água
Decreto de calamidade pública impõe restrições severas ao uso de água e prevê punições para quem desperdiçar; medida busca garantir abastecimento essencial das famílias.
Diante da pior estiagem dos últimos anos e de falhas no sistema de abastecimento, a Prefeitura de Várzea Grande (MT) decretou estado de calamidade pública e anunciou uma série de proibições ao consumo de água. A medida, publicada nesta terça-feira (21), terá validade de 180 dias e poderá ser prorrogada caso a crise hídrica persista.
Entre as restrições, está a proibição de usar água do sistema público para encher piscinas, lavar calçadas, muros, pisos e veículos com mangueira. O decreto também autoriza a administração a restringir o fornecimento para atividades não essenciais, priorizando o consumo doméstico e serviços básicos, como saúde e educação.
Segundo a prefeita Flávia Moretti, a decisão foi tomada diante da estiagem prolongada e das falhas estruturais nas redes de distribuição, que têm comprometido o abastecimento em diversos bairros. “O uso consciente da água é essencial para que possamos atravessar este período sem comprometer o abastecimento das famílias”, reforça trecho do decreto.
Ações emergenciais
O Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG) ficará responsável por coordenar as medidas emergenciais e operacionais. O órgão, dirigido por Zilmar Dias da Silva, deverá intensificar o monitoramento do consumo e promover manobras no sistema para evitar colapsos no fornecimento.
Além das proibições, o decreto prevê campanhas educativas para conscientizar a população sobre o uso racional da água. A prefeitura também poderá adotar ações de racionamento, priorizando hospitais, escolas e o abastecimento residencial.
Situação crítica
O município enfrenta queda acentuada no nível dos reservatórios e dificuldades de redistribuição entre as Estações de Tratamento de Água (ETAs). Técnicos alertam que, sem a colaboração da população, há risco de interrupções mais severas nos próximos meses.
A prefeitura pede que os moradores evitem desperdícios, reutilizem água sempre que possível e denunciem ligações clandestinas. O descumprimento das restrições poderá resultar em multa e outras penalidades administrativas.
Com a medida, o Executivo municipal busca assegurar o abastecimento mínimo das famílias e recuperar a capacidade do sistema hídrico, enquanto ações estruturais são executadas para enfrentar a crise.
Fonte. https://www.unicanews.com.br/cidades/prefeitura-proibe-lavar-calcadas-e-encher-piscinas-por-180-dias-devido-a-falta-de-agua/130237
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